quinta-feira, 5 de julho de 2012

Jesus, a luz e a publicidade

“Assim também a luz de vocês deve brilhar diante das pessoas, para que vejam as coisas boas que vocês fazem e dêem glória a Deus, que está no céu.” Mateus 5.16

Jesus disse essas palavras há dois mil anos, e era carpinteiro. Hoje ele seria publicitário, porque sem querer ele estabeleceu um dos princípios da publicidade. O que seria da publicidade sem a luz? Como evidenciar marcas, produtos, serviços, tendências, conceitos, sem iluminá-los com holofotes, néons, front- e back-lights, cores e brilho? Sem a luz, a publicidade perderia o glamour, a riqueza e a eficiência.

A luz deve brilhar. Sem ela, não há publicidade. E Jesus já sacou isso muito bem há dois mil anos: sem a luz não há proclamação do evangelho, missão ou crescimento do Reino de Deus. Por isso, ele diz que a nossa luz deve brilhar! Sem isso, ninguém fica sabendo como é bom fazer parte do seu grupo de seguidores. É preciso encher o mundo de anúncios do amor, da paz, da reconciliação e da salvação. É preciso divulgar a causa do amor, da paz, da reconciliação, anunciando que um outro mundo é possível.

A luz é a maravilhosa criação divina que gera calor, aconchego, beleza, esplendor. E é exatamente isso que Cristo quer dizer, ao pedir que a nossa luz deve brilhar. E brilhar aqui significa consumir energia, dar o melhor de si para o outro.

É o contrário do que estamos acostumados na nossa sociedade, onde tudo tem um preço, onde o cliente sempre tem razão e onde a gente se deixa servir pelos fornecedores e exige sempre o melhor deles. Na vida que Jesus espera de nós a gente não busca o melhor para si, mas está disposto a investir tudo para dar o máximo em favor do outro. Este é o significado da palavra de Jesus: “Que a luz de vocês brilhe diante dos outros, para que vejam as coisas boas que vocês fazem”.

Outra característica da luz é que ela torna o lugar em que brilha alegre. Onde a luz desaparece, instala-se a tristeza do apagão. A luz tem força contra as trevas do mau humor, da indisposição e do stress. Sim, porque a vida não é um mar de rosas e muitas vezes o apagão se instala, e nós sofremos com ele. Contra os apagões da vida há somente um remédio. A luz. Por menor que ela seja, uma simples centelha, ela é capaz de afastar as trevas e trazer de volta a esperança, o ânimo e o sentimento de aconchego.

Ainda um último aspecto importante. A nossa luz deve ser vista na sociedade, para além do nosso pequeno mundinho, “para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem a Deus, que está no céu”. Precisamos dar nossa contribuição para diminuir as trevas do mundo ao nosso redor. Isso acaba dando sentido à nossa própria existência. Isso mantém o combustível da nossa própria vela sempre no nível, para que a luz não se apague. Não nos escondamos no nosso mundinho, porque ele não se basta a si mesmo.