Esses dias de Quaresma nos remetem aos últimos dias de Jesus em Jerusalém. Um grupo crescente de israelitas se encantava com mais um messias triunfalista. Sua chegada à capital subjugada do outrora espetacular reino de Davi e Salomão os enchia de muitas esperanças. "Agora vai!", eles imaginavam! Ele vai restaurar a majestade de Javé em Sião! Tudo vai mudar! Tudo vai melhorar! Acabou a crise!
Frustrados, poucos dias depois eles veem tudo acabar ali, numa miserável cruz... o lugar mais degradável, onde se executam os ladrões e os bandidos, à beira do caminho e do lado de fora dos muros da cidade.
Dois mil anos depois, nada mudou. Continuamos com a mesma cabeça do povo nos tempos de Jesus. "Agora vai!", erguemos as mãos da esperança em direção a novos messias triunfalistas. Como em centenas de situações desde aqueles dias já distantes em Jerusalém, a fênix das nossas esperanças ressurge das cinzas e volta ser consumida pelo fogo, indefinidamente.
Messias triunfalistas? "Isso nón ecsiste!", dizia o Padre Quevedo. Nem mesmo Jesus foi um deles. Porque a sua salvação "não é deste mundo".
Está na hora de nos darmos conta disso, para tomarmos o nosso destino nas próprias mãos. Somos nós os únicos capazes de colocar nossos sonhos em prática. Esperanças não são terceirizáveis!
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